ACRELÂNDIA: O EXEMPLO DE COMO NÃO ADMINISTRAR
O primeiro município planejado
do Estado, em outras épocas até conhecido como a “Princesinha do Acre”, por sua
beleza e organização, Acrelândia entrou numa crise sem precedentes.
Em 2013, assumiu o
executivo municipal o então novo prefeito Jonas Dalles, ou Jonas da Farmácia.
Ele teve o voto de confiança da maioria da população, que acreditava na mudança
do panorama apresentado naquela localidade.
Prefeitura Municipal de Acrelândia Foto: Blog do Radialista Adriano Mendes |
Hoje, 21 de janeiro de
2015, em meados do seu mandato frente ao poder executivo, foi, conforme
noticiado no site de notícias ac24horas, afastado do seu cargo e proibido até
de entrar no prédio da prefeitura. Serão 120 (cento e vinte) dias longe do
comando da administração.
Lógico, a decisão da
justiça ainda cabe recurso, todavia, o seu afastamento já era esperado há muito
tempo.
Durante seus dois
primeiros anos de prefeito, Jonas teve que conviver com várias denúncias, que
pipocavam a todo instante. As principais: falta de pagamento dos salários e
direitos trabalhistas dos servidores, falta de água nas escolas, falta de
ônibus de transporte dos alunos. Além disso, alguns o acusavam de
superfaturamento de notas fiscais, como o caso do ar-condicionado, que culminou
na saída da 1ª dama do controle da Secretaria de Assistência Social. Enfim,
várias trapalhadas na condução da máquina pública.
A crise dos municípios
brasileiros com o corte no Fundo de Participação detonou ainda mais a imagem de
Jonas, pois, de fato, não havia como solucionar ou criar medidas paliativas
para sanar os problemas daquela cidade.
O reflexo da má administração
é perceptível ao conversar com qualquer cidadão acrelandense. Pergunte aos
munícipes, sobretudo aqueles que não são envolvidos com a política, para ver a
opinião deles sobre a administração do município. Acrelândia não é mais a
mesma. As ruas do centro da cidade estão esburacadas, o lixo toma conta das
vias da cidade.
Aliado a tudo isso, o município
interiorano tem um promotor bem atuante. São várias ações civis públicas impetradas
junto ao judiciário em desfavor do prefeito.
Veio o primeiro grande
golpe: a CPI com objetivo de cassar o mandato do chefe do executivo. Porém, a
iniciativa dos vereadores da oposição foi em vão. Jonas, numa manobra política,
conseguiu o arquivamento do feito. Mas isso teve um custo: a imagem de Jonas
ficou ainda mais arranhada.
Jonas Dales Foto: Agência de Notícias do Governo do Acre |
Agora, o segundo grande
golpe: o fechamento do Conselho Tutelar. A presidente do órgão soltou o verbo
contra a administração do prefeito. As denúncias foram parar no MP. Gota d’água.
O prefeito foi afastado de suas funções e da prefeitura. Um vexame político, noticiado
pela grande mídia estadual. Muitos comemoram essa derrota do chefe do
executivo.
O primeiro passo foi
dado. O recado está aí. Talvez, amanhã mesmo o prefeito consiga derrubar a
decisão da juíza e voltar ao poder. Todavia, a lição tem que ser aprendida
pelos políticos de nosso país: as imoralidades com a coisa pública tem que
acabar.
O desfecho, demorará.
Mas as consequências disso tudo tem que estar nas urnas em 2016, para que, novamente,
Acrelândia respire os bons ventos da prosperidade.
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