RIO BRANCO EMITE NOTA DE REPÚDIO CONTRA DECLARAÇÕES DE ANTÔNIO CITADINI


A diretoria do Rio Branco Football Club lançou nesta quarta-feira, 11 de fevereiro, nota de repúdio contra as afirmações do candidato derrotado à presidência do Corinthians, Antônio Roque Citadini, de que a Federação Acreana de Futebol não deveria opinar nas decisões tomadas pela CBF.  


Na nota, o clube acreano diz que Citadini estaria tentando “elitizar” o futebol do país, bem como criar uma “ditadura esportiva”. A diretoria do Rio Branco, ainda, afirmou que “É de se lamentar que um candidato de um grande clube do futebol mundial, o qual possuiu em sua rica história um movimento chamado DEMOCRACIA Corinthiana, tenha este tipo de pensamento ditador, desejando a privação de uma federação estadual no momento de decidir questões do futebol nacional.”.


Foto: Adriano Vizoni
Por fim, no documento a equipe acreana disse que preza pela democracia e diálogo, sempre buscando pela melhoria do futebol dentro e fora de campo, não aceitando qualquer preconceito ou censura com o Acre ou a federação futebolística do estado. 

Confira a íntegra da nota abaixo (extraída da página do Facebook mantida pelo clube):


NOTA DE REPÚDIO
O Rio Branco Football Club vem a público repudiar a declaração do candidato derrotado à presidência do Sport Club Corinthians Paulista, o senhor Antônio Roque Citadini. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo na última sexta-feira (06/02), o jurista de 64 anos declarou que a Federação de Futebol do Acre (e, consequentemente, todos os clubes acreanos) não deveria participar de qualquer processo democrático a respeito do futebol brasileiro.
O senhor Citadini, em uma espécie de tentativa de "elitizar" o futebol de nosso país, parece desconhecer a dimensão do Brasil e do futebol nacional, pois são esses pequenos centros os maiores formadores dos mais de 2 milhões de jogadores profissionais cadastrados no território nacional. Mirar a censura de uma federação e de seus associados em discussões e eleições seria a criação de uma ditadura esportiva, onde os clubes e federações pequenas e médias não tivessem voz para opinar, lançar ideias ou mesmo discutir sobre o melhor para o nosso futebol, deixando isso a cargo apenas dos clubes da elite, como o senhor supracitado anseia.
É de se lamentar que um candidato de um grande clube do futebol mundial, o qual possuiu em sua rica história um movimento chamado DEMOCRACIA Corinthiana, tenha este tipo de pensamento ditador, desejando a privação de uma federação estadual no momento de decidir questões do futebol nacional. Diferente do candidato derrotado, o Rio Branco Football Club preza pela democracia e pelo diálogo, estando sempre à inteira disposição para colaborar na busca pela melhoria do futebol acreano e brasileiro, dentro e fora de campo, não aceitando qualquer tipo de censura e preconceito com o Estado do Acre e com a federação que o clube ajudou a fundar.
A Direção
Rio Branco Football Club

Comentários

  1. Pode-se até discordar do que declarou o Citadini, mas o que parece é que quem fez a nota emitida pelo RBFC não leu na íntegra as declarações, ou no mínimo, tirou trechos que fora do contexto têm outra conotação. Primeiro: se o caso é apelar para o sentido raso de democracia, o Acre tem o que? Uns 800 mil habitantes, ao passo que o Corinthians tem 30 milhões de torcedores. Ah, e só pra lembrar o presidente da Federação Acreana, salvo engano, está no cargo há 20 anos (parece que não há tanta democracia assim, né!). Segundo, em um trecho Citadini afirma: "A Federação do Acre não deveria participar de nada. Os clubes, sim" carece de explicação como seria isso, mas ele não afirmou que os clubes não deveriam opinar como a assessoria do RBFC insinuou que ele teria dito, resta saber como opinariam com a Federação não tendo tanto poder de voto assim, como deveria ser na concepção dele. A vdd é que na prática federações como a do Acre têm pouquíssimo (bem menos que o Corinthians) poder de interferir no dia a dia da política da CBF. Federações como a do Acre só ganham importância msm quando do pleito para eleger a presidência da CBF. Sinceramente penso que já é momento de se discutir o papel e importância das federações ,e digo de todas. Mas essa já é outra discussão e não há interesse, aliás há sim, o de mantê-las, entra muito dinheiro nelas, porém voltando as declarações do Citadini, penso que devem ser analisadas com cautela por nós acreanos. Talvez o homem que um dia disse que o Gil “Vale tudo” era melhor que o Kaká (e aqui é outra discussão: acho que fazia sentido na época) dessa vez não disse um absurdo tão grande, não.Uma última coisa, o blog saberia dizer se o programa “sócio torcedor” do Plácido de Castro já foi lançado? E em caso positivo, se teve adesão esperada pelo clube?

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    1. As informações que possuímos a respeito do sócio torcedor do Plácido é que o projeto está indo bem, segundo o relatado pelo presidente site do GE. Na publicação, o mandatário do PCFC diz que o programa arrecadou doze mil reais para o clube. Então, aparentemente está tendo o retorno que queriam.

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    2. Amigo, o que tem a ver o tamanho da população com o conceito de democracia? Não compreendi essa justificativa. Segundo, não confunda ditadura com tempo de poder. Não é porque alguém permanece no cargo por tanto tempo que isso é uma ditadura. Ditadura é você se manter no poder que não seja democraticamente, censurando e excluindo, que é o que o Citadini falou (ele diz claramente que a Federação de Futebol do Acre não deveria participar de nada). O caso do Toniquin, ele está há 30 anos na presidência da FFAC. Sim, um longo tempo, mas tudo foi feito democraticamente, com a perfeita lisura. A eleição foi realizada no fim do ano passado, mas somente ele concorreu. Cadê a oposição? Que culpa tem o cara se só ele se candidata? E as ações do Toniquin estão muito longe de uma ditadura. Tudo o que acontece no futebol acreano é feito em assembleia com os clubes. São os clubes que decidem o que fazer através de votação. A Federação do Acre é só um meio de oficializar e um canal junto com a CBF. Portanto, eu concordo totalmente com a nota do Rio Branco. É lamentável essa postura preconceituosa e ditadora do Citadini.

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  2. Achar que o fato de atribuir o mesmo peso ao voto da Federação Acreana que ao da Federação Paulista, por si só garante um processo democrático é ingênuo e baseia-se em uma ideia rasa de democracia. E se é pra se basear em um sentido raso, o tamanho da população pode ,sim, ser levado em consideração. Quanto ao Toniquim de fato não é justo dizer que seja um ditador, longe disso, mas por outro lado, alguém manter-se por 30 anos em uma presidência é estranho, e por vezes nem ter oposição, para além de ser estranho é a prova de que por um motivo ou por outro (não digo que seja culpa desse alguém) não está havendo democracia ali. Por mais que se tenha boa vontade e disposição para trabalhar em benefício dos sócios, depois de 30 anos o que a pessoa poderia fazer de melhor ela já fez, convenhamos após 3 décadas, fica-se já meio que sem ideia. Sobre a Federação ser só um canal entre os clubes e CBF: é a prova de que, pensando em um sentido mais amplo a necessidade da existência delas (as federações) deve ser repensada, não sei até que ponto, por exemplo, a FPF, a FERJ ou qualquer outra é mesmo importante para os clubes, ou se só alimenta-se deles. Ah, e o Citadini disse mesmo “Federação de Futebol do Acre não deveria participar de nada”, porém, completou “A Federação não, mas os clubes sim” não se esqueça disso. Enfim, por falar em democracia, o legal dela é isso, vc pode concordar com a nota do RBFC, já eu posso continuar achando que o Citadini tem lá sua razão e que o voto do Flamengo, do Palmeiras, ou do Corinthians não deveria valer menos que o da FFAC.

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